VELHA PEDRA DO FONTANÁRIO
ali na velha pedra do fontanário
a semente perdida olhou-me
nos traços de um correr aldeão
nas cercanias lúcidas do interior
e nasceu com a humidade do meu beijo
solta livre ondulante
desafiadora ao vento acaso
humorado desencontro da folha outonal
sorriso convite crepúsculo...
será infantil comentar um amor
o único esquecido
na ceara que não vi crescer?
in TRINTA E TRÊS POEMAS E UMA RAZÃO
José Luís Outono -
1967
Edição de Autor
NOTA : Das velhas memórias do meu primeiro livro.
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)
1 comentário:
Outono,
Muito bonito! Tudo.
É sempre bom voltar aqui...
beijinhos :)
mariam
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