
E cruzo-me com o áspero vazio no silvado da tarde
Onde apenas os odores tisnados de calma são cor
E as palavras não passam de ruídos que se escrevem.
No piso térreo do olhar inóspito do lento acaso
Os horizontes nem desejo são, porque nem existem
Porque são partidas sem retorno na gare do amor
Porque apagaram-se os momentos de fluidos mel.
Olho o mobiliário urbano único fascínio cultural
Olho o anúncio sepia do olhar azul em mar ciano
Olho e não olho, porque o coração cegou no limite.
As sílabas são agora meros encontros assimétricos
E até as nuvens cinzentas têm mais brilho que o sol
E até a velha janela na dança do vento...tem mais luz!