
Lembras-te?
Por entre os teus novelos...soltos
As bátegas de chuva, são silêncios medo
No sentir forte do frio intruso
Em luares de ondulação sem cor.
O livro desfolha-se sozinho
Pelo sopro do esperar sem norte
Enquanto as gaivotas ancoram em terra
Sofridas na tempestade de razões feridas.
Restam os velhos chorões envergonhados no escuro
E até o amanhã adormeceu ontem em cadência igual
Porque as páginas são sempre imagens de um só tom
E os olhos do velho farol mirram sem apelo...
Não...não te lembras!
