POR VEZES,
HÁ UMA NECESSIDADE
DE ESCREVER...
José Luís Outono
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)
My music...
sexta-feira, março 28, 2008
QUE HORAS SÃO ?
terça-feira, março 25, 2008
POEMA COM...OU SEM SABOR

segunda-feira, março 24, 2008
domingo, março 23, 2008
PRIMAVERA
Esqueci-me de dizer-te...
Que hoje iria ficar à tua espera!
... ... ... ... ...
Vagueei pelos horizontes da saudade...
Encontrei flores secas do teu mundo
E folheei uma a uma as folhas do teu segredo...
Hoje...amanhã...depois...
Era sempre assim que começava o desejo do teu olhar.
... ... ... ... ...
Percorria palavras simples
Para te dizer céus de azul...
E escondia medos e dúvidas
Das noites esquecidas
De afectos perdidos
E murmúrios por dizer.
... ... ... ... ...
Caminhava ao encontro dos teus olhos...
Segredava no teu corpo os prazeres únicos...
Do momento ímpar...
Depois...só depois...dizia-te...
Amar com amor...
E selava nos teus lábios a entrega do sol quente...e lua agitada.
... ... ... ... ...
Todas as palavras eram futuros longínquos...
E sabíamos que o momento não era ali...
O dia acabava sempre de braços caídos...
E perguntas de porquês infinitos.
Olhava-te na despedida de uma esperança nua...
E sentia o sabor da tua boca fresca.
... ... ... ... ...
Anulávamos distâncias...
Corríamos montanhas agrestes...
Torturávamos projectos adiados...
Gritávamos quereres e dizeres cravados de lágrimas...
E caíamos abraçados numa paz boa, mas frágil.
... ... ... ... ...
Era o recomeço do enleio...
No jardim de flores macias...
Onde os nossos corpos se colavam e perpetuavam juras ...
Envoltos nas pétalas de seda
Entre abraços envolventes
E cabelos soltos e ondulantes...
... ... ... ... ...
As palavras secavam o rio das paixões
E acabávamos extasiados e felizes.
Depois, vestíamos a esperança
Com o arco-íris da certeza...
E com os corpos molhados
Pela cacimba do nosso amor...
Apertávamos as mãos até a dor marcar
E dizíamos muito suave...
Até amanhã...amor?