
Há um murmúrio sopro d'alma vazio
Há tempos em que os tempos se evadem
E a viagem que se adia sempre sem reserva
É um exclamar que nunca se prefacia...
Há um correr lento em molde estátua de sal
Há líquidos ferozes que abalroam a sede
Sentires que não se sentem e definham
Ruas, caminhos, mares, falésias...mapas inglórios...
Há tudo e nada existe neste existir que cega
As palavras fazem magia de jogo escondido
E as noites orlam o fatídico gelo no degelo...
Queria apenas acordar no meio do meu meio
Fingir sonolências para sorrir sobressaltos
Mas no rasto dos cinzentos...o fumo branco é lenda!

in MOMENTOS - by OUTONO - 2011