No cerco osmose da vida corrente
Ouvi um sibilo de vento lateral
Como pingo de gelo sem retorno
Abandonar-se no casebre solitário.
São ciclos...grita a sereia natural
São dores, reclamo ao seu olhar sol
E as gaivotas cantam indiferentes
E as minhas mãos secas caem sem apoio.
No vidro húmido da janela emotiva
Desenho com o dedo uma vereda sonho
Ontem começada...hoje marco oculto.
Nos campos o verde esconde-se do brilho
O velho e sábio pastor agasalha o rebanho
E apenas as leituras escrevem memórias!
in MEMÓRIAS - TEMPOS PERDIDOS - by OUTONO 2011