No rio de sentimentos mil sem contraste
Esgoto-me ferido de dor e invernias
Quase perdido no glaciar longínquo
Quase sem respirar um acordar digno.
Conheci o gume da palavra injusta e só
E senti o rasgar do linho artesanal doce
Como doença incurável sem esperança
Como cela húmida sem acordo ou ética.
Olho os campos verdes agora desertos
Minguo no caminhar ocre e vadio soturno
Nas sombras das miragens do além incerto.
Olho o amanhã... quem sabe fora de tempo
Escrevo...TALVEZ... e a caligrafia esfuma-se
Tento reter um sorriso e a alma escurece !
in MOMENTOS - by OUTONO - 20..
5 comentários:
Um dia seremos crianças
poeta
Outono
Que poema forte e lindo!
"Olho o amanhã... quem sabe fora de tempo"
Atrevo-me a dizer que nunca é fora de tempo olhar o amanhã. A vida é uma coleção de momentos em que andamos, patinamos, caimos, nos esparramamos e levantamos - sempre.
abraço
Anne
MAR ARÁVEL
Oxalá.....
Um abraço!
ANNE
Quantas vezes....amiga!!!!????
Um abraço!
Quantas forem necessárias... :-)
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