My music...

https://youtu.be/IhAFEo8DO2o

sábado, maio 24, 2008

Um lugar...chamado ONTEM !



Serra de Montejunto

Recordo-me deste lugar...
Como se o vivesse agora !


O velho caminho, por entre aloendros
E as pedras marcadas da saudade...
Fazem-me sonhar nos tempos...
Em que os tempos demoravam
E a mocidade agitada vivia.

Lembro-me ainda, do velho poço
Com malmequeres e urze ao redor
Espaços salpicados de hortelã bravia
E a água no fundo murmurante
Em pedras rasgadas de trabalhos rurais.

Vejo ainda a eira da minha dança
E os madrigais sonoros do canto
Tecedor de rimas e populares galanteios
Cantados às moçoilas rosadas de encanto
De mangual ao ombro e flores no lenço.

Como era bom este viver calmo
De romance feito e acasalador
Do dia sempre fresco e noite flutuante
Na beira de leirões pedregais
E olhar um céu infinito estrelado.

Era o acto da palavra sonolenta
E um escutar de cantares natureza
Numa respiração funda de imensos ais
Cheios de pureza a terra orvalhada
Calmantes da agitação do dia soalheiro.

Mato saudades, nesta escrita retrato
Deste lugar chamado ontem...
Do verde e azul manto...só meu
Quase a apetecer gritar ecos céleres
A pedir tempo passado, presente e sempre!

in- POEMAS (OUTONO) 1998

quarta-feira, maio 21, 2008

Pela tarde...

Outra do por do sol



by MARCELO


Pela tarde, pela tardinha, pelo pôr do sol
Vejo-te cor de luz, fogo de espera forte
Em gestos de rendas esbeltas e perfumadas
Simulando esculturas frágeis carentes.

Pela tarde, pela tardinha, pelo pôr do sol
Bebo a água fresca na palma da tua mão
E beijo os lábios da chama da tua procura
Numa ânsia a esbrasear auge e atrevimento.

Pela tarde, pela tardinha, pelo pôr do sol
Arfo na contemplação do teu baloiçar
Como um nocturno suave tocante de mestria
Negando as olheiras do cansaço ténue .

Pela tarde, pela tardinha, pelo pôr do sol
Arqueio-te no meu ombro aconchego íntimo
E fecho-te os cabelos na orquídea oferta
Da manhã saudade de todas as primaveras.

Pela tarde, pela tardinha, pelo pôr do sol
No esmaecer cair da lua cíclica
Traço ansiedades de poemas firmes
De uma lúcida voz e escrita de amor.

Pela tarde, pela tardinha, sol posto
Espero-te sede dos meus olhos
Abraço do meu verbo querer
No voltar de um caminho nosso!

in - POEMAS (OUTONO) 2001

terça-feira, maio 20, 2008

ESTE BLOG, PODE FECHAR AS PORTAS!

dinheiro


COMUNICADO DA DIRECÇÃO DESTE BLOG


Face ao aumento galopante do preço do crude, a Direcção deste Blog, encara seriamente, a possibilidade de encerrar as portas.
Neste momento, comunicamos com tristeza, aos trabalhadores deste Blog, que caso a folha de comentários, não aumente nos próximos dias, não tem poder financeiro, para continuar, apesar dos cortes, principalmente em imaginação, matéria prima fundamental, para o fabrico e distribuição internacional da marca http://pretexto-classico.blogspot.com.

Neste contexto num derradeiro esforço e, contando com o apoio e solidariedade de todos os consumidores, esta Direcção, face ao aumento do preço do crude, apenas e só, vê-se foçada contra os seus princípios, a aumentar o preço de consumo deste Blog de
1 OLHAR, para 2 OLHARES.

Mesmo assim, mantemos as nossas promoções concorrenciais.
Por cada cinco comentários, tem um grátis.
A Direcção
OUTONO



domingo, maio 18, 2008

ÓPERA BUFA DOS COMBUSTÍVEIS...

CRISIS ALIMENTARIA


By Setelik

ÓPERA: Desenvolvida em UM ACTO...de revolta!
MÚSICA: ...Eles comem tudo e não deixam nada!
CENÁRIO: Calçada dos pagantes consumidores.
ACTORES: Petição a UMA VOZ .

«ÓPERA BUFA DOS COMBUSTÍVEIS»
(Ópera Bufa- Versão cómica da Ópera Tradicional)
***

ACTO ÚNICO:
***

OH! Senhor dos Combustíveis...
Salvai-nos de elevados preços amordaçantes
Pugnai por nós consumidores
Custos ligeiros e justos!
Por nós...

Parai com as orgias "cartelianas"
Das negociações extractivas !

Oh! Senhor dos combustíveis...
Pela fé do progresso...
Pela alma da economia...
Pelo querer do trabalho...
Pela força do viver...
Acabai com os tentáculos demolidores
E a opulência luxuriante dos impostos!

Oh! Senhor dos combustíveis...
Ignorai os erros de cálculo deficitário
Taxas prostitutas de engodos mil
Masmorras de pesadelos e ansiedades
Formatações de discursos voláteis
E matérias primas fora de época fóssil!

Oh! Senhor dos combustíveis...
Mordomo dos Pagadores justos
Motejai esquemas enganadores
Transformai-vos em Robin e defensores
Multiplicai mensagens de ditos válidos
E aniquilai acordos de corretores cinzentos
Almas riscadas de gravatas sintéticas
E ardentes na fogueira dos desnecessários!

Oh! Senhor dos combustíveis...
Fazei crescer milagres de esperanças
Ordenai crer em factos verídicos
Dilacerai contra vozes e barris controlados
E açoitai castigos de pena dura
Para inflacionadores de energias força!

Oh!Senhor dos combustíveis...
Orai pela nossa carteira
Dá-nos guarida do nosso pão
E tirai-nos do mal olhado!

Amén!

in - Desabafos ( Outono) 2008