LIBERDADE CAMPESINA
Nas águas da tua liberdade campesina
Rasgo os lábios já secos da clausura
No arar de sulcos periódicos de tortura
Onde mares cúmplices teimam em não amar
Em cada flor brigante de vida errante
Deixo um recado eterno sem retorno
Em cada vento apátrida do amor que foi
Na caverna hoje solar sem dimensão
Nem os cânticos dos tempos solares
Dilatam as certezas de falas coerentes
E destroem os épicos dos enredos farsa
Nos abraços do fado d’ ontem esquecido
Nasce o pó d’ hoje tormento irrespirável
E caduca o encontro cruzado de corpos
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2012 (a publicar)