LIVRE
nas calçadas nuas de olhares descobridores
há saudações eternas de paredes amenas
laivos de velas persistentes e silenciosas
onde navegam gentes do meu povoado
nos ventos ora soltos ora ousados d'amor
vejo as palavras febris abrigarem-se livres
sinto leituras de cafeínas creme carentes
enquanto acaricio o verso de mais um diário
esboço o contraste de cabelos vontades subtis
aqui mais um pouco de cinzentos contorno
ali o aclarar de um mar a que chamo longe
no conflito de sorrisos dúvida e calmos
mais um passo no alto do caminho fuga
e respiro o som interior da mudez apelo
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2013 ( a publicar)