MARÉS
- José Luís Outono -
(excerto)
gosto tanto de respirar-te
sentir o teu iodo ameno
e segredar-te marés d'ontem
navegações d'hoje
e aguardar-te ansioso amanhã
não
este devaneio ninguém me rouba
ou encena em cláusulas impostoras
redigidas com olhares cegos de obediência
vulgo teimosias de um domar encoberto
gosto tanto de respirar-te
e sentir-te livre
como a minha vontade
de acordar sem sobressaltos
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2015
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)