Por vezes...

Numa pausa, das poucas possíveis, olho o horizonte fantástico da minha janela "laboral".
Ao fundo o azul, de quando em quando tingido, deste Tejo romântico, "onde me sento e descanso" - onde é que já soou isto...???

E as imagens vão fluindo, nem que não seja mais um automóvel, mais um transporte público, mais um peão....mais...mais...

E fico minutos escassos nesta sombra, de paz, para o reatar do buliço do trabalho, que todas as segundas aperta, deprime e arrasta.

Paz, plavra mágica, como amor, pai, mãe, filho ou até amigo.

Ouço as notícias, por lealdade cultural, e por obrigação de cidadania, e "vejo" o panorama mundial. Seria sucesso garantido, fazer um concurso, onde se dessem prémios milionários, a quem dissesse onde há Paz...

E o apresentador, bem poderia incutir facilidades ao concorrente, para pedir ajuda, telefonar ao inventor do Atlas, ou mesmo, pesquisar no Google....Paz.....Paz.....Pa.....

-Zás Catrapás. Acaba de perder uma volta ao mundo, com tudo pago, para viver em Paz, e ainda trazer um "recuerdo", de uma aldeia , onde os habitantes, fossem todos amigos.

É lógico, que esta introdução é um tentar gotejar coragem para condenar mais um atentado grave em Timor. País pequeno, jovem e com tanta beleza, onde se dispara à porta de casa...por um "Reinado" de sangue.

Não discuto sequer a ideologia. Discuto sim, se em Timor ou em qualquer outra parte do mundo não há uma mesa , com uns banquinhos, onde se sentem pessoas, e olhos nos olhos digam:- Vamos viver em Paz! Utópico????

Utópico será termos um potencial bélico mundial, capaz de destruir o mundo quatro ou cinco vezes....Para quê???? uma não basta?

Os olhos vigiaram o relógio, e enquanto o contador mundial , colocado na NET, dá conta de mais 3891 casos mortais neste segundo em que acabo a escrita, sugiro....pelo menos um segundo de reflexão antes de matar, talvez o supra citado contador , abrande um pouco.

Outono