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sexta-feira, março 04, 2011

Bátegas de espuma...



No cair lívido e ausente
Acolho-me na minha tela seca
Sem espaços ou actos luz
No embriago de uma leitura
Que não vejo...
Atiro com as cores do meu impossível
Junto-lhe bátegas de espuma apego
Mares de ciano ...nuvens ousadas
Odores de manhãs frescas
Suores doces de beijos horizonte
Esboços de luares sorriso
E o velho olhar...cega-se no almejo...
que sucumbe.




Só...frente à falésia apoio
As gotas das cores símbolo
Esmagam-se em danças sem ritmo
E os fluidos aguarela
Cristalizam em flocos indefinidos
De arrojos contraste internos
Em matizes esbatidas de nós...dor...




No nevoeiro da beleza perdida
Sinto revoluções desconhecidas
Ouço silêncios em discursos gelados
E volto a ler o início
De datas sem calendário
Ou rimas sem flor
Ou tempos sem horários...


... ... ...
Rodopio o fluxo necessário
De um respirar constante
E, arrisco escrever...
...Te...



in MEMÓRIAS - by OUTONO - 2011

12 comentários:

Maria disse...

Que seria de nós se não arriscássemos? Será que poderíamos dizer que 'vivemos'?
Como gostaria de ter espraiado o meu olhar sobre este mar e saboreado esta maresia que salta das fotografias...

Um beijo, Outono.

mariam [Maria Martins] disse...

OUTONO,

É belíssimo este post! Versos sentidos e fotografias muito bonitas!
Um gosto passar por aqui...

beijinhos :)
mariam

pin gente disse...

fotografias muito bonitas
a primeira então... língua atrevida

beijos

OUTONO disse...

MARIA

Que seria de nós, se não arriscássemos? Uma pergunta...que ainda demoro a ler, no arriscar de cada momento, que faz pauta de riscos que vou fazendo no aluir lento da minha vida, às vezes em dores d'alma, por tanto arriscar...e ainda beber o lado oculto da lua, em sinopses de estrangulamentos sensíveis sem marés plausíveis.
"Tal como o canto do encanto...onde o desencanto às vezes mero nada, é sinónimo de derrocada compulsiva inglória." (texto de M.Freitas - algures em pensamentos na NET)
Amiga, obrigado pela tua presença sempre aberta, que respiro e humedeço de tranquilidade.
Beijinho.

OUTONO disse...

MARIAM

Grato pelo teu comentário, que me fez acreditar, em alguma (pouca) utilidade minha, por aqui, neste lado criativo que desenvolo e me envolve.
É um gosto "ver-te" por aqui...

Beijinho

OUTONO disse...

PIN GENTE

Amiga. O Face de certa forma traíu esta comunidade...onde nos ousávamos dizer de sentires....e ficávamos pendentes do outro lado do receptor.
Enfim...os "custos" deste evoluir humano...onde os "rácios" de tempo imperam.
Foi bom, receber-te...como sempre bem disposta! Foi bom ( será sempre) "ouvir" o teu "veredicto"...

Beijinho

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Poeta

Este poema e estas imagens que transmitem tanta paz, apenas se devem sentir em silêncio.
Bebi das suas palavras e vou saciada de poesia.

Beijo
Sonhadora

Aquarela disse...

De olhos postos no horizonte
Vivi cada olhar, cada barco que passava…
Efémeros segundos de um pouco de tudo
De uma viagem feita de quase nada.
Um violino partido me acordou
Chorava… pela clave de sol assim perdida,
Não consegui unir as suas cordas
Não soube ser braço...
Nem arco... na partida.



Parabéns pela excelência do que li!
Voltarei!
abraço

Ailime disse...

Amigo Outono,
Com este belíssimo poema entrosado nas magníficas fotos proporcionou-nos um momento muito especial.
Parabéns pelo seu talento.
Um beijinho,
Ailime

OUTONO disse...

SONHADORA

Sempre que quiseres...o portal está aberto...

Grato.

Beijinho!

OUTONO disse...

AQUARELA

Envolto nas palavras da tua cortesia, fico em silêncios de agrado!

Beijinho!

OUTONO disse...

AILIME

É bom rever o teu "som"...OBRIGADO!

Beijinho!