Andar a pé, e de transportes públicos...foi o desafio deste dia de Sol !
Finalmente!
Lisboa, sempre Lisboa, a cidade mais luminosa do Mundo!
A minha cidade, o berço do meu nascimento...
Esplanada da velha Brasileira...onde encontramos (sempre) Fernando Pessoa
Rua do Carmo...acima...
Olhos de um lado e do outro
Gente anónima procuradora.
Aqui e ali o cheirinho típico
Com músicas a pedir um alívio.
O Chiado mostra-se...e alarga-se...
Outrora emblema de tradição
Hoje, a força da arquitectura nova
Mas o mesmo rumor multidão.
Lá no alto, figura declamadora
Estátua de poeta, herói...o contador
Indica a força de uma beleza
E guarda o largo honorífico
Perpetuado pela memória
Do chiar de outrora
De "amaricanos" embaladores
Só "amarelos" depois!
Fico-me pela Brasileira aromática
Sento-me ao lado de Pessoa
Como se Fernando amigo fosse
E...peço um café cheio.
Olhos de um lado e do outro
Gente anónima procuradora
Aqui e ali o cheirinho típico
Com músicas a pedir um alívio.
O Chiado mostra-se soalheiro
E escrevo um pouco desta memória
No livro sempre adiado...
Pago o café...TANTO ?
Os velhos dois "paus" da cremosa "bica"
São moedas de outro sistema
Onde o pregão do ardina
Ainda lembra glórias...
Da notícia sempre fresca...
"Olhó ó Diário...traz a Bola !
Subo à Mesericórdia...hoje comercial
Passo no velho Solar do Vinho do Porto
E entro no estreito Bairro Alto
Onde tudo acaba de adormecer...
A noite acabara...
E a minha manhã...mal começara!
Fico na paragem de um amarelo qualquer
Entro...
Onde está o "pica", o cobrador?
Agora...o bilhete é vendido pelo guarda-freio
"Modernices" da incúria económica e laboral...
Fico-me no Cais do Sodré...
E se não fosse o Sol bonito
Rasgado de calor e brilho
Esta Lisboa, menina cidade
Como canta o poeta canção
Seria poeira de obras eternas
Mamarrachos de tradição secular.
Olhos de um lado e do outro
Gente, anónima procuradora
Aqui e ali o cheirinho típico
Com músicas a pedir um alívio.
Do meu lado esquerdo
Vejo o Município das histórias
Da nossa história...
Revoluções, cerimónias, recepções...
Até Incêndios...
Na memória do meu olhar
O cheirinho dos reis do bacalhau
A Relação quieta e fechada
E a estatueta moderna
Hoje porta de estacionamento.
Abraço a Praça do Comércio
Outrora, mercantil e feérica...
Vejo o Tejo calmo...não as colunas...
Sorrio...
E apetece-me ir à esquadra, participar o "roubo" !
in-Memórias (OUTONO) 2008
Selo comemorativo de Fernando Pessoa
in- "Nossa Lisboa dos Outros"
João Bigotte Chorão
Abril - 1999
18 comentários:
grande passeio!
grande Lisboa!
grandes palavras por onde passeei eu!
bom fim-de-semana
um sorriso ;)
ah! também adoro andar p`lo chiado, e "estacionar" um pouco na "Brasileira"..
Mariam
Obrigado Albicastrense de gema, lisboeta emprestada...
Gostei deste dizer sentido da minha cidade luz...
Bom fim de semana...beijinho, quem sabe um café aromático.
Sensível Outono
Não vejo eu a hora de estar nessa tua Lisboa no dia 15/12...desembarco nessa cidade e com ela passo mais um ano dessa minha vida...Espero é ter coragem de voltar a esse meu verde e amarelo depois de trinta dias....
Desde já, saudades e um beijo de carinho pra vc
Mirmorena.
Quem espera sempre alcança...diz o povo...
Calma!
Até lá, visita Lisboa, por aqui...
Beijinho
E foi um belo de um passeio....
Quanto às colunas, acho que "eles" sabem onde estão...
:))))
Beijo
Mas que linda descrição poética de Lisboa, Outono! Deu-me uma vontade imensa de sentar-me e pedir um café, pertinho de Fernando Pessoa - sempre ali. E sentir a luminosidade desta cidade.
Grande beijo!
O Chiado e zonas envolventes sempre, ontem e hoje!
E que recordações eu guardo do Chiado!
A minha adolescência passeou-se por ali e é, ainda, o meu local preferido da nossa tão luminosa capital!
Obrigada pela forma tão bonita como descreveu esta nobre zona da cidade.
Bem-haja.
Mas que grande passeio!
Hoje é domingo e faz sol. Também me está a apetecer passear por aí... quer dizer, por aqui... ops, nem sei por onde... por onde me levarem os pés e o sol.
Bjs
Maria
Esta Lisboa....
E as colunas...até sei onde estão!
Pena que não no sítio certo.
Coisas, de quem não percebe nada da história urbana desta capital...
Beijo e passeia...depois conta-me.
Sam
Quem me dera, estar contigo, e e em vez de um, dois cafezinhos e dois dedos de conversa...
E se por alí passasse Chico Buarque, fícaríamos a ver a Banda passar...até a luz deste Sol, dizer Boa-Noite!
Beijinho.
Ailime
O Chiado...é sempre paixão...logo ao primeiro bom dia de cada dia.
Abençoados os que trabalham por ali...
Obrigado pela tua cumplicidade, desta beleza.
Beijo.
Perla
É domingo, faz sol...e eu tenho de ficar a trabalhar...Coisas!
Mas já me vinguei, com a corrida matinal.
Beijinho, aproveita bem o sol de hoje...depois conta....
Ai que bom que bom que bom!!...E eu que adoro andar por aÍ! Ai que delicia. Adorei!!!!!!!
Mal conheço Lisboa...
embora o meu pai seja de Lisboa...
vivi no Porto... tenho um fascínio pela Invicta...
da Invicta, da Ribeira.. de Cedofeita,da Foz dos Clerigos e a rua dos Bragas de Sta Catarina... e no Natal? hummmm as iluminações de Natal,dos sorrisos, que saudades...
e
fiquei com vontade de ter conhecido essa Lisboa...
e de repente, sem saber porquê, lembrei de Paris...( onde vivi um curto tempo!)ah! que saudades... dos cheiros, dos sons, das cores...
fecho os olhos e volto ao Sena... a Notre Dame...
acho que amamos os sítios que "vivemos"... porque são paret da nossa vida
Cleo
A "nossa" cidade é linda...
E quantas vezes só nos apercebemos de algo...ao fim de décadas.
Acreditas que só há pouco tempo, vi...com olhos de ver...a estátua de Santo António, ao pé da Sé ?
Circe
Lisboa é uma cidade diferente. Daí, muita da beleza que tem e emana.
O Porto, também. as duas são diferentes, em paisagens e gentes, mas são capitais bonitas e típicas.
Beijinho
Outono um passeio convidativo que nos transporta para uma cidade
maravilhosa e magnífica!
Falar de Lisboa é percorrer um poema com todo o seu encanto;)
Naela
É aminha cidade. Um dos meus amores.
Beijo-te...como se a beijasse.
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