NUVENS
restam as verrugas dos ciclos de mares laborais
nas danças da azáfama esquecida
searas ricas de cantos produtivos de fomes desejadas
sopros de velas que enchiam celeiros abertos
pós de fainas nunca encenadas ou lavores falseados...
até que a mordaça afundou a coragem morena
nos estios de campos respirados e apaziguadores
e as palavras suaram nas prisões talhantes de vidas
em lutos impossíveis de tempos infindáveis...
um dia gritaram-se lezírias de esperanças
nasceram choros em ruas cheias de moagens puras
brindes fugazes de banhos ébrios e causas naturais
as sílabas gaguejaram de novo em sussurros vândalos
onde a fome e o esbulho pagam as dívidas tiranas
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2013
(ao abrigo dos direitos de autor - S.P.A. 106402)
9 comentários:
Entretanto...
há HOMENS que não se vendem
Os meus parabéns por mais um belo livro, Outono:))))
Gostei muito deste poema.
Tem expressões e imagens mesmo boas!
Um forte abraço!
Um pedaço de nossa História neste poema.
Excelente, gostei imenso.
Tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
Abraço, caro amigo.
PUMA
Muito grato!
JUSTINE
Abraço muito grato amiga!
VIEIRA CALADO
Palavras que reconfortam e incentivam.
Abraço muito grato!
NISON BARCELLI
Muito grato pelas tuas palavras e simpática presença!
Abraço!
Adorei o texto e a fotografia. Tudo de bom para ti,beijinhos e até breve!!
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