No cerco osmose da vida corrente
Ouvi um sibilo de vento lateral
Como pingo de gelo sem retorno
Abandonar-se no casebre solitário.
São ciclos...grita a sereia natural
São dores, reclamo ao seu olhar sol
E as gaivotas cantam indiferentes
E as minhas mãos secas caem sem apoio.
No vidro húmido da janela emotiva
Desenho com o dedo uma vereda sonho
Ontem começada...hoje marco oculto.
Nos campos o verde esconde-se do brilho
O velho e sábio pastor agasalha o rebanho
E apenas as leituras escrevem memórias!
in MEMÓRIAS - TEMPOS PERDIDOS - by OUTONO 2011
9 comentários:
Os teu poemas, não caem secos em nossas mãos, eles têm a doçura e sabedoria do velho pastor que agasalha o seu rebanho.
O Poeta da luz e vida a natureza, até a janela esta "emotiva"...
Belo poema como sempre..
Bjos
embora as gaivotas cantem indiferentes...
a vereda sonho seja hoje marco oculto...
as leituras escreverão sempre memórias, que o sibilar do vento teima em susurrar.
Divago em seus poemas.
abraço
oa.s
ANTÓNIO GANHÃO
Tento aprender com a sabedoria popular...TENTO!
LENA
...grato pelo comentário, do qual retenho uma sensação bem agradada!
Beijinho!
OCEANOAZUL
Embora, na rotação normal da terra tudo pareça cíclico...as memórias ão sempre diferentes nas idades do tempo que passa!
Beijinho!
Como cheguei aqui? Entrei no facebook e vi sua foto como amigo dos amigos. Olhei seu facebook e sai.
Entre no blog de Maria e lá estava seu comentário, e cá estou.
Me chamou a atenção neste poema o final das frases. Onde eu teria terminado, você acrescenta uma palavra que faz o diferencial. Um estilo muito diferente.
Olhei o blog das galerias das fotos, belíssimas fotos.
Sabe quando dizemos que não temos tempo para estudar, ler, retribuir os comentários dos blogs amigos...? E abrimos um blog e ficamos um tempo passeando no blog, com a mão no queixo, e se emocionando? Assim estou eu. Vou dizer o óbvio, que fotografias e poemas são belíssimos.
abraço
PAULA BARROS
...sei o que isso é, quando me detenho no óbvio e o lógico não acontece.
...sei que todos os momerntos são frutos do nosso querer ou da nossa vida...nem sempre ao nosso gosto.
...sei apenas que sou Outono e, este jardim tento mantê-lo vivo!
Um abraço!
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