sábado, janeiro 19, 2013

LIVRE




LIVRE 

nas calçadas nuas de olhares descobridores
há saudações eternas de paredes amenas
laivos de velas persistentes e silenciosas
onde navegam gentes do meu povoado

nos ventos ora soltos ora ousados d'amor
vejo as palavras febris abrigarem-se livres
sinto leituras de cafeínas creme carentes
enquanto acaricio o verso de mais um diário

esboço o contraste de cabelos vontades subtis
aqui mais um pouco de cinzentos contorno
ali o aclarar de um mar a que chamo longe

no conflito de sorrisos dúvida e calmos
mais um passo no alto do caminho fuga
e respiro o som interior da mudez apelo

in MOMENTOS - José Luís Outono - 2013 ( a publicar)





12 comentários:

  1. Curioso como esta rua não me dá nenhuma sensação de liberdade...
    Mas basta tu escreves o poema e senti-lo. Livre. Como o mar!

    Beijo.

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  2. Meu caro; gostei muito das fotografias e do poema...Excelente post....
    Um abraço

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  3. Nestes tempos de fúria, onde até os elementos se revoltam, sabe bem parar e ler uma poesia tranquila, serena...
    Abraço

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  4. Olá Poeta, que poema! Lindo. Como que vivendo o presente lembrando o passado num silêncio que conforta. Bjs Ailime (Belíssimas fotos)

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  5. "... laivos de velas persistentes e silenciosasonde navegam gentes do meu povoado..."
    Mais um magnífico soneto, com o teu timbre de qualidade inconfundível.
    Gostei muito.
    Tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
    Abraço.

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  6. MARIA

    Curioso as várias leituras que fazemos da nossa liberdade...
    Mas foi um poema livre, num tempo livre de uma rua livre...
    Beijo!

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  7. FERNANDO SANTOS

    ...reconfortado, pela gentileza...

    Abraço!

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  8. JUSTINE

    Sempre um mimo no teu comentar, que queda...em reflexão.
    Abraço amiga!

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  9. AILIME

    Grato amiga , pela presença e palavras, que leio como incentivo futuro.

    Beijo!

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  10. NILSON BARCELLI

    Muito grato pela tia regular e simpática presença.

    Grande abraço!

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