terça-feira, agosto 09, 2011

Um poema...

                                                                                                                                                                       by OUTONO

SEMPRE...

Ainda hoje lembro cada dia ...onde escrevi azul com a cor do coração.
Ainda hoje digo flor...no jardim das descobertas...e, semeio sempre o momento
 em todas as abertas.
Ainda hoje dou a mão, mesmo ao silêncio, mesmo à indiferença, mesmo à dor...porque amar
é interno e não tenho acesso ao cadeado da alma...
Ainda hoje aceno na humildade de escrever e, esperançar retorno...como se fosse um amor constante de ida e volta.
Ainda hoje adormeço no teu colo ausente...e, pergunto pelo (a)Mar da janela
que continua fechada...
Ainda hoje soletro as estrofes de um hino, para prolongar o doce do seu entoar, como criança
 que saboreia pela primeira vez o doce mais doce.
Ainda hoje falo com o teu olhar, sinto com o teu corpo e, vivo com o perfume do teu acto...
Ainda hoje declamo folhas desertas de dores e nunca as rasgo,
 no almejo da construção de poemas só teus.
Ainda hoje, escrevo AMOR com as mesmas letras do alfabeto nosso...e o acordo é língua distante, que nem beija o lábio.
Ainda hoje...acordei contigo...vou deitar-me contigo e, sinto que estou só, porque não estás...
Ainda hoje feri a mão na contenda do desejo...que se transformou no golpe impróprio...
Ainda hoje...espero o teu ditado escorreito e sem erros de sintaxe dano...
Ainda hoje, vivi mais um dia só...sem nome e sem sorrir!



in MEMÓRIAS - by OUTONO
 10 - 10 - 2010







23 comentários:

  1. Os dias que hoje vivemos levam-nos à eternidade... se tivermos a sabedoria para os desfrutar até às últimas consequências...

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  2. Poeta

    Como sempre muito belo...uma ausência presente ou uma presença ausente...e um sonho que não morre.

    Adorei e deixo um beijinho
    Sonhadora

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  3. Há sentimentos que são para sempre.

    Um abraço

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  4. De uma beleza triste, o teu poema. Ou de uma tristeza bela...

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Ainda bem que existem as palavras para desafogarem o mar de sentimentos e de saudades que se alojam naquele lugar em que não se tem a chave do cadeado, e resultam nessa explosão de poesia!

    Belo poema!

    ;)


    p.s.
    estou ouvindo nesse momento, Balada de Gisberta, do Abrunhosa.

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  7. Quando o hoje tende a ser transformado em sempre... ou e.terno...
    Podemos sempre dar a volta a isto! Mas não me perguntes como...

    Beijo.

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  8. ANTÓNIO GANHÃO

    ...sabedoria existe. Teimosia também...
    E as adversidades?

    As últimas consequências...são imprevisíveis...

    Um abraço!

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  9. SONHADORA

    Grato pelo carinhoso comentário.

    Um beijinho!

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  10. VIRGÍNIA DO CARMO

    ...concordo, mas os ventos mudam de falésia muito bruscamente.

    Grato pelo comentário.

    Um abraço!

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  11. JUSTINE

    Poderá parecer igual...o teu duplo comentário, mas não é. E agradeço a tua sabedoria interpretativa e, bem amiga!
    Deixa-me apenas dizer, que há ventos que deveriam há muito ser "varridos"...Há , no entanto sonhadores de falsa liberdade que argumentam que deveremos esquecer, ignorar...viver apenas! E eu nunca vi, algo danoso ser natural.
    Poderás perguntar, estás no teu direito - porquê?
    Digo-te...apenas que liberto ( por vezes) na escrita...algumas dores...que não sou capaz de curar, porque não entendíveis. Vou apenas entendendo aqui e ali...que há ventos que arribam, dos quais deveremos ter todo o cuidado, mesmo parecendo bonançosos. E, ensinou-me a vida a avaliar a verdade do vento, pela aragem que sopra...
    Desculpa o comentar deste "amigo" de um minuto de conhecimento e cumprimento, mas elevada estima e admiração. O teu contributo muito válido, na apreciação a este simples "discurso" d'alma...mereceu-me um carinho especial e muito grato!
    Beijinho.

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  12. CANTO DA BOCA

    Ainda bem...que reflectimos e sabemos "escrever" o que nos dita a alma!

    Grato pelo apoio. Beijinho!

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  13. MARIA

    Quando a teimosia imprópria, teima em fazer eco do improvável...nasce um sentir eterno...dizes bem...de amargura!

    Não te pergunto porquê, mas sei que sabes...entender!

    Beijo.

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  14. Olá querido POETA

    HOJE
    vim cá ter
    Por vezes
    perdemo-nos
    e, um dia
    regressamos.

    Convido a ver
    o que captei ontem
    assim que cheguei ao local
    onde se faziam os preparativos
    para a REGATA no Tejo.

    Improvisei
    umas palavras minhas
    juntei às imagens que fiz
    e...eis um novo post.

    Agradeço que vejas
    e, muito sinceramente
    dês a tua opinião.

    abraços
    de muita amizade.

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  15. Outono, sei do poder catártico das palavras. Também sei da angústia de elas nunca serem suficientes.
    É sempre assim: a simultânea incapacidade de calar e dizer os sentimentos...
    Acho que entendo!

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  16. JUSTINE

    Claro que entendeste...e agradeço este "tornar" ao meu recanto...
    De facto, concordo em absoluto:

    -" É sempre assim: a simultânea incapacidade de calar e dizer os sentimentos..."

    Grato. Beijinho

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  17. ____________________________


    Um canto para o amor ausente... Belo e triste...


    Beijos de luz e o meu carinho!!!


    _______________________

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  18. Uma poema e fabuloso.
    Gostei imenso, parabéns pelo talento que as tuas palavras revelam.
    Caro amigo, tem uma boa semana.
    Abraço.

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  19. Ainda hoje li este seu belo poema e ainda hoje acho, que à nostalgia se junta o aroma da saudade. Gosto amargo esse. Adorei. Beijos com carinho

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  20. MUNDO AZUL

    Obrigado pelo carinho...

    Beijinho!

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  21. N. BARCELLI

    ...apenas rasgos do momento d'alma, que me transportam às palavras...apenas!

    Amigo...um forte abraço!

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  22. ROSA-BRANCA

    ...há saudade no poema...uma palavra apelo neste sentir...

    ..e saudade pode ser um gosto amargo ou doce...

    ...deixo ao leitor esse decifrar...

    Beijinho

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  23. Meu amigo a saudade(acho eu)quando não é amarga é agri-doce...não fosse ela saudade. Beijos com carinho

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A pretexto de...comente !