quinta-feira, março 10, 2011

VAZIOS...



Há um murmúrio sopro d'alma vazio
Há tempos em que os tempos se evadem
E a viagem que se adia sempre sem reserva
É um exclamar que nunca se prefacia...

Há um correr lento em molde estátua de sal
Há líquidos ferozes que abalroam a sede
Sentires que não se sentem e definham
Ruas, caminhos, mares, falésias...mapas inglórios...

Há tudo e nada existe neste existir que cega
As palavras fazem magia de jogo escondido
E as noites orlam o fatídico gelo no degelo...

Queria apenas acordar no meio do meu meio
Fingir sonolências para sorrir sobressaltos
Mas no rasto dos cinzentos...o fumo branco é lenda!


in MOMENTOS - by OUTONO - 2011

7 comentários:

  1. .......
    "Fingir sonolências para sorrir sobressaltos"
    é MUITO bonito...

    Beijos.

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  2. Ontem, hoje, sempre o encontro com a poesia!
    Fotos - também - muito belas:))

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  3. "Mas no rasto dos cinzentos... o fumo branco é lenda!"
    Um magnífico soneto. Excelente, caro amigo. Gostei imenso. Parabéns pelo talento poético que as tuas palavras revelam.
    Abraço e boa semana.

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  4. MARIA

    ...adivinho nas tuas reticências um sorriso, que me deixa satisfeito.

    Muito obrigado
    Beijinho!

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  5. JUSTINE

    Ontem, hoje, sempre, a palavra da poesia, no diálogo da vida...

    As fotos...enfim...momentos que tento perpetuar no meu olhar.

    Grato pelo carinho do comentário!

    Beijinho!

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  6. NILSON

    E é no rasto simpatia e amigo das tuas palavras, que enriqueço o meu sentir...e lanço mão de novas escritas...

    Um abraço muito grato!

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  7. um soneto perfeito com uma mescla de nostalgia.

    bom fim de semana

    um beij

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