sábado, junho 19, 2010

De olhos ainda vendados...


De olhos ainda vendados pelo cansaço...
Olho no escuro desta sensação de nada
As forças que ainda aforro, para acordar
Para dizer: - bom dia à lágrima... que teima ...

Descalço...olho o chão onde vagueia a mente
E lembro-me das sombras medo da meninice
Hoje...fantasmas presentes em analogia
Dos negros véus, que cobrem as esperanças...

No canto deserto da sala....que já foi aplauso
Aprecio o canto do relógio de cuco rouco
E conto os segundos dos primeiros minutos
Das horas que vou passando sem estar...

Nem aceito o convite do livro para ler
Nem aceito o beijo do café matinal para ser
Nem aceito o grito da velha amiga para escrever
Nem aceito o agrado de estar vivo....sem viver...

A vida, nestes três tempos de versos inúteis
Ontem nascida...hoje vivida...quem sabe ...
Amanhã finda d'ontem em comunicado pobre
É um cair de ciclo...como o renovar da sede...

Sinto as forças gozarem com a minha vontade
As árvores crescerem em oposição ao jardim
E as estradas percorrerem-se em contramão
Na injustiça de pensamentos fáceis em dano...

Dolo...cascata de sentires oblíquos e sós
Onde o sorriso é condenação de grito verdade
Onde pensar doce foi já momento que esqueceu...
E olho-me...neste sentir ... triste... e ...eu?

in Momentos - by OUTONO - 2010

domingo, junho 13, 2010

Talvez amanhã...




Um dia,

entendi...que nada SEI...



E do que sei...

não quero SABER...



in MOMENTOS - by OUTONO - 2010