Carta a um amor...amigo

...gentileza da Net


Olá amiga...

Cancelei o meu fim de semana, às voltas com o novo acordo ortográfico...( que arrepio), para te escrever a dois, entre o meu pensamento e o deslizar deste aparo liberto...

Do nosso último contacto, tinha ficado uma hesitação...se as palavras da minha escrita, eram suficientes para embargar o olhar da tua indecisão. Confesso, que em cada linha deste "rasurar" constante, sinto-me ansioso, por ver a tua reacção, e o teu impulso, como íman do nosso cruzar, em cascata de sorriso, capaz de dizer...estou bem !

Acredito...que não é fácil, neste momento de encontros ( como te entendo), responderes à cruzada dos teus momentos...oscilantes entre morros de silêncios fundos e leirões de flores silvestres, na herdade a perder de vista...do teu imenso abraço...sempre quebrado pelo típico baixar de olhos tristes...

Não é fácil entender, o cristalino das tuas lágrimas, se correntes de alegria, ou apenas brilhantes pelo cair do sol...que esqueceste.

Aquela valsa prometida, ainda hoje...que continua a queimar a agulha do velho gira-discos, porque teimas em hesitar... e largar um pouco do teu ânimo e dançar ao compasso das pétalas de flores, que te ofereci, no vento da estrada que recusas seguir...

Peço-te, apelo-te...rogo-te...liberta esses lindos e grandes olhos e, deixa-os fotografar essa sede de mares espelhados, onde agarras sempre vontades e desejos no canto das ondas carícia...

Deixa-me agarrar-te a mão, por momentos, já que a tua mente não me ouve, para trautear a canção de tempos idos...onde pediste : - "...amizade sentida".

Se esta carta, não quebrar essa "birra" para com a vida presente, não a rasgues...devolve-a, porque assim, fico com a esperança de...com mais esta ou aquela palavra, tentar de novo...resgatar-te, para o álbum das minhas verdades aconselhadoras.

O amigo de sempre...

Amanhã, espero-te no jardim, com um ramo de alfazema...como gostas ...para que a nossa amizade continue odorífica...e viva.

Um enorme sorriso...

Outono