Restam pequenos e vagos sorrisos
Nos olhares húmidos e inférteis
Temperaturas ermas e castigadoras
De vitórias inglórias sem repouso.
Caem os céus cansados de nuvens
E os destinos são lugares despovoados
Onde pétalas errantes dançam no vento
E águas d'ontem são suspiros erróneos.
As cartografias do futuro amareleceram
As gaivotas já não trazem mensagens
E os mares são serranias incautas.
O verbo querer é uma fraude no desejo
Os sinónimos de enleio pereceram
Sobram os possíveis desníveis de luz.
NOTA: Excerto de um conto poético ( a publicar )
in MOMENTOS - José Luís Outono - 2010
14 comentários:
Excelente! Espero o restante...
Beijinho
cvb
Bom lembrar que nos desníveis de luz, há luz.
Um grande bj
É mesmo triste este poema, Outono!
Mas dizem que a poesia é feita de todos os sentires, incluindo a tristeza...
Beijo.
"Caem os céus cansados de nuvens
E os destinos são lugares despovoados"
Particularmente bonito.
Um abraço
Triste...
Mesmo triste...
Mas um triste tão lindo.
Caíu bem fundo em mim, este teu poema.
Beijo, Poeta Amigo!
Vanda
tudo esta cinzento, frio de sentires,cai chuva no destino passageiro dos seres que buscam sol.
bj
Amigo,
Há muito tempo que não lia a sua excelente poesia.
E este poema é belíssimo!
Que a luz que se antevê ilumine os "pequenos e vagos sorrisos" transformando-os em Sol constante.
Um beijinho.
Ailime
Gostei, poeta!
beijinho
cvb
GISA
...bom sempre lembrar o bom, mesmo que mínimo.
Beijinho
MARIA
A poesia é a alma de todo o viver, fechada nas palavras que se soltam em sulcos mil.
Beijo
DANIEL SILVA
...grato pelo comentário, que me incentiva!
Abraço!
AILIME
...senti saudades.
Grato pelo apoio.
Abraço!
OCEANO AZUL
...poeta não sou, apenas escritor de momentos onde partilho sentires!
Beijinho
Enviar um comentário